Tá bom, pode até parecer um sentimento sem lógica e momentâneo;
Tá bom, pode até ser empolgação de um beijo isolado e de um toque despretensioso;
Tá bom, mas nesse beijo veio tesão, emoção, sede e fome de viver;
Nesse carinho despretensioso veio uma imensa vontade de pegar, morder, agarrar os cabelos e fazer gemer;
Está rolando agora, na série de amor, esse absurdo de não conseguir passar um dia sem te beijar, mesmo sabendo que essa vontade não pode deixar escapar a razão;
Tá, mas que gemido, que olhar, que vontade de deitar junto e saborear o eu, o meu, o seu;
Poxa, já é noite e até agora não perdi a esperança de ouvir a sua voz, os seus chamados e as suas vontades que esbarram em alguns obstáculos;
Por que você não vem livre?
Se abra e me consuma, pois quero te dar tudo que eu tenho, da cabeça aos pés;
Vem aqui, abre a minha porta, quebra o frio e me aquece com a sua fome de amar.
Quer gemer na cozinha, na sala, na pia, no carro? Vem e pedi, pois vai ter muita coisa boa dentro de você;
Vai ter a rigidez de uma bela cena picante e o êxtase enlouquecedor de quem quer ter ter com uma força sentida lá na espinha;
Você quer e essa vontade já incomoda você e distorce seu cotidiano;
Ficaste aérea, solta, quente, molhada, fervendo.
Sonha, goza, se banha buscando fugir do cheiro entranhado no corpo que tem gosto de sexo, de lábio e de saliva;
No enlouquecer do prazer ao pé do ouvir experimentaste a si próprio lambendo seus líquidos e cheirando a pele arrepiada após aquele gozo;
Tá bom, mas e agora? Ficará a deriva ou pegará o meu mastro?
Vai na onda sem mim ou abrirá essa boca para receber a minha língua?
Vem, traz seu corpo, me deixa experimentar e quem sabe as suas dúvidas desaparecem com um grito de orgasmo múltiplo?
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