Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Adeus ao abstrato



Tá bom, pode até parecer um sentimento sem lógica e momentâneo; Tá bom, pode até ser empolgação de um beijo isolado e de um toque despretensioso; 

Tá bom, mas nesse beijo veio tesão, emoção, sede e fome de viver; 

Nesse carinho despretensioso veio uma imensa vontade de pegar, morder, agarrar os cabelos e fazer gemer; 

Está rolando agora, na série de amor, esse absurdo de não conseguir passar um dia sem te beijar, mesmo sabendo que essa vontade não pode deixar escapar a razão; 

Tá, mas que gemido, que olhar, que vontade de deitar junto e saborear o eu, o meu, o seu; 

Poxa, já é noite e até agora não perdi a esperança de ouvir a sua voz, os seus chamados e as suas vontades que esbarram em alguns obstáculos; 

Por que você não vem livre? 

Se abra e me consuma, pois quero te dar tudo que eu tenho, da cabeça aos pés; 

Vem aqui, abre a minha porta, quebra o frio e me aquece com a sua fome de amar. Quer gemer na cozinha, na sala, na pia, no carro? Vem e pedi, pois vai ter muita coisa boa dentro de você; 

Vai ter a rigidez de uma bela cena picante e o êxtase enlouquecedor de quem quer ter ter com uma força sentida lá na espinha; 

 Você quer e essa vontade já incomoda você e distorce seu cotidiano; 

Ficaste aérea, solta, quente, molhada, fervendo. Sonha, goza, se banha buscando fugir do cheiro entranhado no corpo que tem gosto de sexo, de lábio e de saliva; 

No enlouquecer do prazer ao pé do ouvir experimentaste a si próprio lambendo seus líquidos e cheirando a pele arrepiada após aquele gozo; 

 Tá bom, mas e agora? Ficará a deriva ou pegará o meu mastro? 

Vai na onda sem mim ou abrirá essa boca para receber a minha língua? 

Vem, traz seu corpo, me deixa experimentar e quem sabe as suas dúvidas desaparecem com um grito de orgasmo múltiplo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário